terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Geoparque Bodoquena-Pantanal é instituído por governador

Com o objetivo de tentar receber o título de segundo geoparque oficial das Américas, o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), formalizou hoje a criação do "Geoparque Bodoquena - Pantanal". O decreto representa um importante passo na consolidação desta área de preservação.

O geoparque Bodoquena - Pantanal envolve 39.700 quilômetros quadrados da região sudoeste do Estado, onde estão situadas diversas riquezas geológicas, nos territórios de Anastácio, Aquidauana, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Caracol, Corumbá, Corumbá, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Ladário, Miranda, Nioaque e Porto Murtinho.
Ao todo, estão inseridos nesta área 54 geossítios, entre grutas, pedreiras, baías, minas, cachoeiras, nascentes e monumentos.
Com o decreto, o governo do Estado passa a ter um aparato legal para que a região seja reconhecida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e inserida da "Rede Mundial de Geoparques".
O documento formaliza diversas atividades já consolidadas, tanto nas escalas de preservação e pesquisa, quanto nas áreas de turismo e desenvolvimento.

O Geoparque Bodoquena - Pantanal possui diversos aspectos característicos de um geoparque nos moldes da Unesco, como a presença de fósseis de preguiças-gigante, tigres dente-de-sabre e mastodontes. Há ainda fósseis dos primeiros seres vivos surgidos no planeta - há mais de 560 milhões de anos -, sendo um deles a corumbella, em homenagem a Corumbá, onde o fóssil foi descoberto.
O local também abriga diversos sítios arqueológicos e históricos relevantes que contam a história da mineração em Corumbá e a Retirada da Laguna e também um rico patrimônio cultural traduzido pelo modo de vida pantaneiro, pelas artes gráficas e cerâmicas terena e kadiwéu.

A elevação à categoria de geoparque, uma chancela oficial da Unesco, é uma ferramenta de preservação para áreas dotadas de importantes testemunhos geológicos e paleontológicos da evolução da Terra, e também objetiva fomentar a educação, inclusão social, divulgação científica e o turismo.
Desde a criação do Global Networks of National Geoparks, em 2004, a Unesco já chancelou 57 geoparques ao redor do mundo, sendo apenas um nas três Américas - o Geoparque do Araripe, no Ceará, em 2006

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