terça-feira, 16 de junho de 2009

OFICINA GEOPARQUE

Iphan promove oficina sobre geoparques em Campo Grande

O Iphan irá promover entre os dias 17 e 19 de junho, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, a Oficina Geoparque e Gestão. O evento é uma iniciativa do instituto em parceria com o governo estadual para a estruturação da candidatura de áreas da Serra da Bodoquena e de Corumbá à categoria de geoparque da Unesco.
A oficina tem como finalidade apresentar e discutir estratégias de preservação e desenvolvimento com base em ações educativas e roteiros turísticos focados no patrimônio geológico, paleontológico, arqueológico e histórico da região da Serra da Bodoquena e Corumbá. O evento contará com a participação de prefeitos da região da Bodoquena e de Corumbá, pesquisadores, consultores internacionais e de técnicos do Iphan e de secretarias estaduais.

Geoparques
A elevação à categoria de geoparque, uma chancela oficial da Unesco, é uma ferramenta de preservação para áreas dotadas de importantes testemunhos geológicos e paleontológicos da evolução da Terra. Objetiva também fomentar a educação, inclusão social, divulgação científica e turismo. Desde a criação do Global Networks of National Geoparks, em 2004, a Unesco já chancelou 57 geoparques ao redor do mundo, sendo apenas um nas três Américas - o Geoparque do Araripe, no Ceará, em 2006.
A região da Serra da Bodoquena e Corumbá possui diversos aspectos de um geoparque. Lá se pode encontrar fósseis de preguiça-gigante, tigre-dente-de-sabre e mastodonte que datam da “era do gelo”, período chamado de megafauna pleistocênica; fósseis dos primeiros seres vivos surgidos no planeta, há mais de 560 milhões anos, sendo um deles a “corumbella”, nome dado em homenagem a Corumbá, cidade em que foi descoberto.
Além disso, na região pode-se encontrar pegadas de dinossauros, cavernas, dolinas (depressões afuniladas, produzidas pelo desmoronamento em regiões calcárias), diversos sítios arqueológicos e históricos (que contam a história da mineração em Corumbá e a Retirada da Laguna, imortalizada pelo livro homônimo do Visconde de Taunay, que trata da Guerra do Paraguai), tombamentos feitos pelo Iphan e um rico patrimônio cultural traduzido pelo modo de vida pantaneiro, pelas artes gráficas e cerâmicas terena e kadiwéu, entre outros.
O geoparque favorece a elaboração de modelos alternativos de gestão territorial, não impondo regras fixas. Na verdade, ele pressupõe critérios de gestão e desenvolvimento de atividades econômicas menos restritivas. Além da visibilidade internacional proporcionada pela chancela, a implementação do selo “Unesco Geopark” favorece a possibilidade de financiamentos internacionais estimulados por uma chancela desse porte – a região do Araripe, por exemplo, já recebeu cerca de US$ 65 milhões por meio do Banco Mundial para realizar ações de infraestrutura e apoio ao setor produtivo da região, dentre outros projetos.
Serviço:Oficina Geoparque e GestãoLocal: Centro de Convenções Arq. Rubens Gil de Camillo, Campo Grande (MS).Data: de 17 a 19 de junhoAbertura: 16 de junho, às 20h.
Mais informações:Iphan – Mato Grosso do Sul
Tel: (67) 3382-5921
E-mail: 18sr@iphan.gov.br

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