domingo, 7 de fevereiro de 2010

Leia e Comente esta reportagem!

Esta reportagem foi publicada no site http://www.campogrande.news.com.br/, por um Jornalista, na quarta-feira, 20 de janeiro de 2010.
A idéia de um blog, é a discussão dos fatos e realidade. Para isso, colocamos na íntegra a matéria, pois é preciso discussão da sociedade, para chegarmos na melhoria pública.
Gostariamos da participação de vocês leitores, deixem seus comentários sobre a matéria, pois assim vamos ter idéia da população para melhorar este paraíso, Bonito por natureza.



Bonito, a cidade abandonada
Por Paulo Renato Coelho Netto (*)


Bonito encontra-se hoje da seguinte forma: de um lado, na zona rural, os atrativos que todos reconhecem como um dos mais belos do planeta se o assunto é ecoturismo. De outro, na área urbana, um cenário que deixa a desejar.
O asfalto da rua principal, Pilad Rebuá, chama a atenção até dos mais desatentos. Existem crateras do início ao fim, rua que nem é tão longa assim. Somando-se as crateras aos incontáveis quebra-molas, fica complicado dirigir ali.
A pavimentação foi feita apenas nesta rua, em algumas transversais e outras poucas paralelas à Pilad Rebuá. A cidade está suja e não se deve atribuir às chuvas seu estado de conservação. Péssimo para o município, seus moradores e para quem para lá se desloca. Sujeira não combina com turismo de qualidade. Fora isso, a cidade é escura, mal iluminada.
Lojas em pleno centro colocam enormes caixas de som na calçada com músicas em altíssimo volume para atrair [espantar?] a freguesia. Isso durante o dia. A noite é pior. Carros e pontos já eleitos pelos jovens se encarregam da poluição sonora.
A prefeitura, por sua vez, interdita com cancelas uma ou duas quadras nas noites festivas na Pilad Rebuá. Ali a garotada se embriaga à vontade. Quem foi que teve a ideia de transformar ruas em pingódromos? E aqueles orelhões de bicho? E os pórticos ou o que for o nome daqueles arcos? O que é aquilo?
Os serviços, na alta temporada, requerem uma paciência que nem todos têm para suportar. Primeiro a demora para ser atendido em alguns restaurantes. Depois, espera-se ainda mais para que venha o prato, não sem antes ouvir do garçom que a casa está cheia e a cozinha é uma só. Que falta faz treinamento nessas horas. Quem tem paciência espera. Quem não tem, ou está com os filhos famintos, volta para o hotel onde se é atendido em menos tempo por uma refeição.
Bonito vive de serviços e deveria repensar e pesquisar como os seus estão sendo percebidos na ponta. Cestas de lixo nas calçadas, por exemplo, são raras. Calçadas, por sua vez, impróprias para quem usa cadeira de rodas.
Neste fim de ano uma rádio local bradava que somente no réveillon os turistas deixariam mais de dez milhões de reais na cidade.
Informações recentes dão conta que em 2009 houve um incremento de 60% nas visitas com 160 mil turistas que foram a Bonito. Deixaram R$ 60 milhões de reais na arrecadação somente neste setor. Um recorde. Daí vem a pergunta: - Não daria para usar uma parte deste dinheiro para conferir a Bonito uma aparência de cidade turística?
O município precisa urgente de um choque de urbanidade, arquitetura e paisagismo. A revitalização da praça com as esculturas das piraputangas foi um bom início. Virou cartão postal mais este excelente trabalho do artista plástico Cleir.
Quase tudo é muito caro em Bonito: combustível, refeições, passeios, traslados, hotéis, tudo a peso de ouro e mesmo assim há pouca contrapartida para o visitante.
A maior vitrine sul-mato-grossense do turismo deixou de ser o pantanal há muito tempo desde que Bonito emergiu com suas belezas para o mundo. A cidade é referência nacional e internacional em ecoturismo.
Bonito tem condições de sobra para dar o exemplo e ser compatível com suas belezas naturais. Basta querer.

(*) Paulo Renato Coelho Netto é jornalista, pós-graduado em marketing e autor do livro “Mato Grosso do Sul”.

4 comentários:

  1. Nem o sr. bom Jesus agradou a todos, falae.
    Mas esse jornalista tem razão em partes.

    Esses quebra-molas (lombadas), são um saco mesmo, não tem como dirigir nesta cidade. Fizesse um calçadão, sei lá. Precisa de um projeto urbanistico mesmo. E aqueles arcos ou sei lá como chama, vão fazer até na porta do Zagaia? Desculpa ae quem fez, mas um quarteirão tava bom demais.

    E outro, as lixeiras, pois é, quase não tem e as que tem são uns buracos minusculos por onde se coloca o lixo, mal entra uma garrafa pet de 2 litros, enfim.. tem muita coisinha aqui e ali. E os buracos na rua.. vai andar na Pilad Rebua na altura do Supermercado São Marcos e da Escola Falcão. A trilha boiadera é melhor pra andar de bicicleta do que a rua.

    Alisson Marques
    Turismo UFMS

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  2. Muitas polemicas em torno desse texto, foi pauta de várias reuniões das associações de Bonito...
    oficios foram mandados, ações eu já não sei

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  3. Será que o texto é uma polêmica, ou a relidade dita é a polêmica. Talvez os dois.
    A questão é a importância nos fatos, pois não é o primeiro, segundo ou terceiro que faz estes comentários. Os Turistas estão vendo, sentindo, e a sociedade também. Temos que pensar em todos, desde sociedade e turistas.
    O interessante é através deste texto, formular novas ações é pró de melhorias para ambos. Através de reformulações e ações de investimentos nos fatos.
    É preciso pegar os pontos negativos, e aceitar os negativos e transformar em positivos.
    Claro que falar é mais simples, mas mostrar o caminho das melhorias é uma excelente idéia.
    Por isso, continue, coloquem suas sugestões de melhorias e assim, com um conjunto de idéias será possível alcançar o melhor para o turismo e sociedade.

    Leandro Neto
    Turismo e Meio Ambiente

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  4. O fato de ter tanto problema pela cidade, seja, iluminação, limpeza, segurança ou urbanismo é, algo para a prefeitura e o poder público resolver.
    Só para deixar claro, o que o jornalista disse sobre o atendimento. O atendimento nos restaurantes de Bonito vem do próprio estabelecimento em ter um grupo bem treinado e estrutura para atender os turistas na alta temporada. Isso não é diretamente problema do governo municipal ou estadual que seja. Agora, voltando ao assunto dos problemas públicos. A primeira coisa que eu notei ao chegar em Bonito, por ter referência e conservação do meio ambiente, foi a falta de lixeiras pela rua. Pela preço gasto pelos turistas e pelos próprios, principalmente, moradores da cidade, deveria haver uma atenção especial para algumas coisas.
    Ouvi muito dizer que o prefeito estava sendo caçado e sempre nada aconteceu e não foi uma pessoa que me disse ou comentou sobre o assunto. As vezes parece favela quando as coisas caem e ninguem tem coragem de meter a cara dizer o que sabe. Então, já começa por ae os problemas. Uma cidade com tantos hotéis e pousadas, turistas que nunca param de chegar, impossível não ter dinheiro para certas obras. Ou, me mostrem todas as contas da prefeitura e pára de gastar dinheiro com aquela "puxação de saco" que é aquela revista de nome "prestando contas" que prestação de contas mesmo, não tem absolutamente nada. Ou ninguem sabe o significado da palavra.

    Alisson Marques
    Turismo UFMS

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